Paulinho Moska
Estar apaixonado é uma coisa louca
Que alguém lhe causa e você mal dorme
Se perto desse alguém a eternidade é pouca
Distante, cada instante é um tempo enorme
Estar apaixonado é mesmo uma doença
Que alguém lhe causa e você mal come
Tão só nessa pessoa você pensa
Enquanto a outra a fome o consome
Tava tremendo, com febre, com frio
A estremecer de amor por causa dela
Corria em minha espinha um arrepio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Eu ria e chorava um rio
Mas nunca uma dor foi tão bela
Por dias, noites e horas a fio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Estar apaixonado é parecer um ser ridículo
E não estar, com isso, nem aí
Você se sente solto e livre mesmo num cubículo
Tal como eu me sentia bem ali
Tava tremendo, com febre, com frio
A estremecer de amor por causa dela
Corria em minha espinha um arrepio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Eu ria e chorava um rio
Mas nunca uma dor foi tão bela
Por dias, noites e horas a fio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Tava tremendo, com febre, com frio
A estremecer de amor por causa dela
Corria em minha espinha um arrepio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Eu ria e chorava um rio
Mas nunca uma dor foi tão bela
Por dias, noites e horas a fio
Eu nem pensava em mim, somente nela
Poesias Escondidas
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
sexta-feira, 20 de setembro de 2013
Mais Feliz
Adriana Calcanhotto
O nosso amor não vai parar de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que divide o rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar, nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
Pra transformar o que eu digo
Rimas fáceis, calafrios
Fura o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz !!
O nosso amor não vai parar de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que divide o rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar, nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
Pra transformar o que eu digo
Rimas fáceis, calafrios
Fura o dedo, faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz !!
sábado, 20 de julho de 2013
Quem É Cover de Quem
Itamar Assumpção
Nasceste no Rio Estácio, eu em São Paulo Tietê
Os nossos passos com passos afirmam ter tudo a ver
não só na tonalidade e também no jeitão de ser
circula pela cidade, circula pela cidade
que sou cover de você!
Tu és pérola negra já desde setenta e dois
Eu inventei Beleleú só oito anos depois
Além deste pela preta, coisa comum em nós dois
Idéias músicas letras, idéias músicas letras
não são só feijão com arroz!
Dizem formamos de fato um belo par de malditos
Te chamam de Negro Gato, me tratam de Nego Dito
e já que talento é inato, isto já estava escrito
num mundo cheio de chatos, num mundo cheio de chatos...
(e bota chato nisso!)
nós somos São Beneditos!
No mais sambamos de tudo
funk soul blues jazz rock and roll
trocamos tudo em miúdos gravamos num disc show
paixão amor sobretudo aquele que começou
mais grave ou mais agudo,
mais grave ou mais agudo
slow speed or speed slow!
Só falta agora contar o que que houve outro dia
assim que entrei num bar desses de periferia
alguém começou gritar jurou que me conhecia
mas no lugar de Itamar, mas no lugar de Itamar...
disparou Luiz Melodia!
E é por essas e outras que somos contemporâneos
tu abres eu fecho a boca já há mais de vinte anos
então baby não se assuste
então baby não se assuste
Pérola negra eu te amo!
Nasceste no Rio Estácio, eu em São Paulo Tietê
Os nossos passos com passos afirmam ter tudo a ver
não só na tonalidade e também no jeitão de ser
circula pela cidade, circula pela cidade
que sou cover de você!
Tu és pérola negra já desde setenta e dois
Eu inventei Beleleú só oito anos depois
Além deste pela preta, coisa comum em nós dois
Idéias músicas letras, idéias músicas letras
não são só feijão com arroz!
Dizem formamos de fato um belo par de malditos
Te chamam de Negro Gato, me tratam de Nego Dito
e já que talento é inato, isto já estava escrito
num mundo cheio de chatos, num mundo cheio de chatos...
(e bota chato nisso!)
nós somos São Beneditos!
No mais sambamos de tudo
funk soul blues jazz rock and roll
trocamos tudo em miúdos gravamos num disc show
paixão amor sobretudo aquele que começou
mais grave ou mais agudo,
mais grave ou mais agudo
slow speed or speed slow!
Só falta agora contar o que que houve outro dia
assim que entrei num bar desses de periferia
alguém começou gritar jurou que me conhecia
mas no lugar de Itamar, mas no lugar de Itamar...
disparou Luiz Melodia!
E é por essas e outras que somos contemporâneos
tu abres eu fecho a boca já há mais de vinte anos
então baby não se assuste
então baby não se assuste
Pérola negra eu te amo!
domingo, 2 de junho de 2013
Anjos Do Céu
Álvares de Azevedo
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
As ondas são anjos que dormem no mar,
Que tremem, palpitam, banhados de luz...
São anjos que dormem, a rir e sonhar
E em leito d'escuma revolvem-se nus!
E quando de noite vem pálida a lua
Seus raios incertos tremer, pratear,
E a trança luzente da nuvem flutua,
As ondas são anjos que dormem no mar!
Que dormem, que sonham- e o vento dos céus
Vem tépido à noite nos seios beijar!
São meigos anjinhos, são filhos de Deus,
Que ao fresco se embalam do seio do mar!
E quando nas águas os ventos suspiram,
São puros fervores de ventos e mar:
São beijos que queimam... e as noites deliram,
E os pobres anjinhos estão a chorar!
Ai! quando tu sentes dos mares na flor
Os ventos e vagas gemer, palpitar,
Por que não consentes, num beijo de amor
Que eu diga-te os sonhos dos anjos do mar?
Boa Noite
Djavan
Meu ar de dominador
Dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!
Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer
O que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser
Nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis
Meu coração em paz, se abalou
É surpresa demais que trazes
'Inda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que o sofrimento leva além
Não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar
O dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias
Calor, insônia , oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia
Voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia
Com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz
Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais
E eu sou o homem
Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou.
Meu ar de dominador
Dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei!
Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer
O que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser
Nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis
Meu coração em paz, se abalou
É surpresa demais que trazes
'Inda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem
Algo me diz em rubro-negro
Que o sofrimento leva além
Não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar
O dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias
Calor, insônia , oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia
Voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia
Com a fome, com a fome, com a fome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz
Oh, meu bem, serei seu guia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais
E eu sou o homem
Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
Minha vida por inteiro eu lhe dou.
sábado, 25 de maio de 2013
O Mar Serenou
Clara Nunes
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
O pescador não tem medo
É segredo se volta ou se fica no fundo do mar
Ao ver a morena bonita sambando
Se explica que não vai pescar
Deixa o mar serenar
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
A lua brilhava vaidosa
De si orgulhosa e prosa com que deus lhe deu
Ao ver a morena sambando Foi se acabrunhando,
então adormeceu o sol apareceu
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
Um frio danado que vinha
Do lado gelado que o povo até se intimidou
Morena aceitou o desafio Sambou
e o frio sentiu seu calor e o samba se esquentou
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
A estrela que estava escondida
Sentiu-se atraída depois então
apareceu
Mas ficou tão enternecida indagou a si mesma
a estrela afinal será ela ou sou eu
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia.
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
O pescador não tem medo
É segredo se volta ou se fica no fundo do mar
Ao ver a morena bonita sambando
Se explica que não vai pescar
Deixa o mar serenar
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
A lua brilhava vaidosa
De si orgulhosa e prosa com que deus lhe deu
Ao ver a morena sambando Foi se acabrunhando,
então adormeceu o sol apareceu
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
Um frio danado que vinha
Do lado gelado que o povo até se intimidou
Morena aceitou o desafio Sambou
e o frio sentiu seu calor e o samba se esquentou
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia
A estrela que estava escondida
Sentiu-se atraída depois então
apareceu
Mas ficou tão enternecida indagou a si mesma
a estrela afinal será ela ou sou eu
O mar serenou quando ela pisou na areia
Quem samba na beira do mar é sereia.
Pensando Em Você
Paulinho Moska
Eu estou pensando em você.
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu, pensando em você.
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Pensando em você.
Pensando em você.
Pensando em você.
Pensando em você.
Eu estou pensando em você.
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu, pensando em você.
Pensando em nunca mais
Pensar em te esquecer
Pois quando penso em você
É quando não me sinto só
Com minhas letras e canções
Com o perfume das manhãs
Com a chuva dos verões
Com o desenho das maçãs
E com você me sinto bem.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer
Eu estou pensando em você
Pensando em nunca mais
Te esquecer.
Pensando em você.
Pensando em você.
Pensando em você.
Pensando em você.
sábado, 11 de maio de 2013
Amor Incondicional
Rodrigo Picon
Sorrisos doces não me encantam mais
Pois o seu sorriso angelical me encanta sempre
Palavras cálidas não me esquentam mais
Pois a sua voz divina me encanta para todo o sempre
Caí no ostracismo desde que te vi
Largo-me e esqueço-me de tudo por ti
Pois não posso viver sem você
Eu vivo por você, para você
Amor incondicional, é o que eu sinto
Não consigo tirá-la mais do meu pensamento
Desde o instante que eu te vi
Como tenho vontade de beijar seus doces lábios
De saborear os mais íntimos desejos humanos juntos
E viver contigo para todo o sempre
Para todo o sempre
Amor incondicional, palavras tão fortes
E tão vorazes
Palavras, doces palavras
Tão doces quanto você
Você, para todo o sempre, o sempre, o sempre.
http://mundo-das-poesias.blogspot.com/#ixzz2SzsfNT5N
Sorrisos doces não me encantam mais
Pois o seu sorriso angelical me encanta sempre
Palavras cálidas não me esquentam mais
Pois a sua voz divina me encanta para todo o sempre
Caí no ostracismo desde que te vi
Largo-me e esqueço-me de tudo por ti
Pois não posso viver sem você
Eu vivo por você, para você
Amor incondicional, é o que eu sinto
Não consigo tirá-la mais do meu pensamento
Desde o instante que eu te vi
Como tenho vontade de beijar seus doces lábios
De saborear os mais íntimos desejos humanos juntos
E viver contigo para todo o sempre
Para todo o sempre
Amor incondicional, palavras tão fortes
E tão vorazes
Palavras, doces palavras
Tão doces quanto você
Você, para todo o sempre, o sempre, o sempre.
http://mundo-das-poesias.blogspot.com/#ixzz2SzsfNT5N
Fácil & Difícil..
Fernando Pessoa
É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.
É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.
Nem O Sol, Nem A Lua, Nem Eu
Lenine
Hoje eu encontrei a Lua
Antes dela me encontrar
Me lancei pelas estrelas
E brilhei no seu lugar
Derramei minha saudade
E a cidade se acendeu
Por descuido ou por maldade
Você não apareceu
Hoje eu acordei o dia
Antes dele te acordar
Fui a luz da estrela-guia
Pra poder te iluminar
Derramei minha saudade
E a cidade escureceu
Desabei na tempestade
Por um beijo seu
Nem a Lua, nem o Sol, nem Eu
Quem podia imaginar
Que o amor fosse um delirio seu
E o meu fosse acreditar
Hoje o Sol não quis o dia
Nem a noite o luar.
Popularidade
Escola de Escândalos
Eu me isolei, eu virei uma ilha
os amigos que eu tinha eu não pude segurar
sempre me julguei uma rocha inabalável,
mas agora estou cada vez mais vulnerável.
Popularidade era embriagante
mas a ressaca não falha em chegar
pior do que o desprezo só mesmo o silêncio
a indiferença é a pior humilhação
Pessoas são volúveis, amizades são solúveis
um dia elas te amam e no outro te odeiam
(odeiam, odeiam, odeiam, odeiam)
Quando você chega e ninguém vem conversar
e o telefone ele pára de tocar
quando você começa a sair sozinho
passa a noite inteira sem uma companhia
Então, você sabe que saiu de moda
não tem mais amigos, está fora da roda
você vai ver como é ruim a solidão
e vive sem receber atenção.
sábado, 27 de abril de 2013
Vícios
Finis Africae
Chorando pelo sacrifício
de ter medo de morrer
Afinal estamos vivos vivvendo conflitos
que nos fazem viver.
Caindo no abismo,
entendendo essa vida de vícios
Destruindo os artifícios
que me fazem pensar em você.
E Não pensar em suicídio,
no amor que eu possa perder
Pra me perder desde do início da lembrança
de não mais te ter.
Imaginar esperança,
a crença que pode salvar
Amar como criança
aonde não se pode amar.
Minha Nação
Cólera
Minha nação tem riquezas
Minha nação é gentil
Mas tão imensa miséria
E a invasão
Estão roubando o Brasil!
Muitos não sabem falar
Cruzam os braços e está bom
Tantas estacas humanas por aí
Estão doando o Brasil!
E nesta sub-nação
Estamos cansados de ver
Famílias subnutridas
Com bebês...
Pedindo esmolas pra você!
Não! As minhas terras
Não! O meu trabalho
Não! A minha vida não!
(não vão levar!!!)
Tempestade Em Viena
Hojerizah
Descobri o que eu sinto
Assumi qualquer coisa
Ai de mim, ai de mim,
Sem ter nada o que tocar
Sinto vontade de gritar
Num desespero, num desprezo
Ai de você, ai de você,
Pessoa tão comum
Mais um dia outra noite
Mais um gole não importa
Luz que se acende
Para os outros
Que se apague para mim
Você não me olha
Mas
Que mal fiz a você?
Tanto fez, tanto faz,
O vento bate em minha janela
E o silêncio sorri
Para mim
Existe um ponto forte em você
Com poucas e doces palavras
Você se assusta
E me arranha
Por que temer viver só
Já que morremos
Sozinhos
Você não me engana mais
Todo mal
Vem de você
Rio-Bahia / Lavorare Stanca
Fellini
Só um primo em frente ao convento
Do Rio de Janeiro à Bahia
Eu barbudo e seus braços abertos
E morros e morros e morros
(Noite)
E um passei pela orla marítima
Com este ex-aviador e sua filha
(Dia)
Bahia: só os mendigos como companhia
Só os urubus e os meus loros
Do Rio de Janeiro à Bahia
Eu barbudo e Dom Pedro II
E morros e morros e morros
(Noite)
E os três sentados na areia
Luzes da Bahia e o céu coberto de estrelas
(Dia)
Bahia: Salvador não tinha bondes ainda
Cidade
Sono Leve
Se vive tem que trabalhar
E mesmo se se sonha tem que trabalhar
Mil anos tem que levantar
Como um sol que não consegue andar
Assim seus sapatos devem pelejar
Mil
Com Amor, Com Você
Péricles Cavalcanti
Sem amor
Tudo é tão ruim
Tudo é tão igual
Com amor
Diferença real
As razões pra gente querer bem
São todas justas, enfim
E isso é muito certo pra mim
Sem você
Vou viver tão mal
Vou ficar tão só
Com você
Vou mudar pra melhor
Vou saber conduzir o dom cara de mãe
Viver um claro ideal
Fazer a experiência total mãe
Meu eu
É seu
Sonho de ser
Sol
Céu
Só
Seu
Meu medo
(meu modo)
Mãe menina me nina
Enquanto Durmo
Zélia Duncan
Muitas perguntas
Que afundas de respostas
Não afastam minhas dúvidas
Me afogo longe de mim
Não me salvo
Porque não me acho
Não me acalmo
Porque não me vejo
Percebo até
Mas desaconselho...
Espero a chuva cair
Na minha casa, no meu rosto
Nas minhas costas largas
Espero a chuva cair
Nas minhas costas largas
Que afagas enquanto durmo
Enquanto durmo
Enquanto durmo...
De longe parece mais fácil
Frágil é se aproximar
Mas eu chego, eu cobro
Eu dobro teus conselhos
Não me salvo
Porque não me acho
Não me acalmo
Porque não me vejo
Percebo até
Mas desaconselho...
Espero a chuva cair
Na minha casa, no meu rosto
Nas minhas costas largas
Espero a chuva cair
Nas minhas costas largas
Que afagas enquanto durmo
Enquanto durmo
Enquanto durmo...
Espero a chuva cair
Na minha casa, no meu rosto
Nas minhas costas largas
Espero a chuva cair
Nas minhas costas largas
Que afagas enquanto durmo
Enquanto durmo
Enquanto durmo.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
A Roda Morreu
João Cavalcanti & João Fernando
A roda morreu
O samba parou
Só sobrava eu
Quando o sol chegou
E invadiu
Meu olhar
Ainda embalado
Pelo embriagar
Encontro refúgio no colo do copo
Troco a tristeza por celebração
Não saio da festa até perder o foco
Tropeço nas pernas dessa solidão
Já sou tarimbado em cair na calçada
Já vendi fiado minha humilhação
No ato da queda já não sou de nada
Até recobrar a razão
Entrego a alma
No corpo da cama
Levanto com calma
A roda me chama
Entrego a alma
No corpo da cama
Levanto com calma
A roda me chama
Chegou
Na vibração dos tambores
Na resposta das pastoras
No povo todo a cantar
E na ilusão
Do balcão do bar
Finjo que o tempo já é bom pra sonhar
Chegou
No romper da madrugada
Já não preciso de nada
Pra garantir o meu bem-estar
Mas meu coração
Sabe onde está
Toda solidão que me faz chorar
Pranto de Poeta
Cartola
Em Mangueira
Quando morre
Um poeta
Todos choram
Vivo tranqüilo em Mangueira porque
Sei que alguém há de chorar quando eu morrer
Mas o pranto em Mangueira
É tão diferente
É um pranto sem lenço
Que alegra agente
Hei de ter um alguém pra chorar por mim
Através de um pandeiro ou de um tamborim
Maravilhas Banais
Gonzaguinha
Um gato olhando a vida através da vitrine
Com certeza vai morrer de tédio
E médio, é morno, e chato, é banho-maria
Com certeza suicídio prévio.
Arrisco e altero a batida do meu coração
Petisco e provo do gozo da mais pura emoção
Armadilhas, curvas da trilha, ilhas de amor
Fantasias
Viagem total nas possibilidades do absurdo total
Viver vegetal tão somente me desanima
Esquinas só servem se a gente dobrar
E esbarrar no que ainda não viu
Maravilhas banais - sempre iguais
sempre diferentes quentes mais gentes.
A ponte, o fonte, o santo elixir do futuro
as pessoas o banal mistério
O gato olhando a vida através da vitrine
é piada e é assunto sério.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Eclipse em Meia Lua
Arrigo Barnabé
Certo dia houve uma noite
De total e profunda escuridão
Numa gruta da floresta
O pavor tinha um som de berimbau
Joelson tocava
Tremia e não calava
Chamando a morte pro seu chão
Xamã de seu proprio medo
Só sabia que tinha que viver
Se o combate era o segredo
Mataria esse medo de morrer
A lua fugida
Levoua luz da vida
Capoeira na escuridão
Só um olho clareava
No estalo da pedra com o facão
E o negro soluçava
Enfrentando o escuro do clarão
O corte no dedo
Levouembora o medo
Tornando toda noite azul
Certo dia houve uma noite
De total e profunda escuridão
Numa gruta da floresta
O pavor tinha um som de berimbau
Joelson tocava
Tremia e não calava
Chamando a morte pro seu chão
Xamã de seu proprio medo
Só sabia que tinha que viver
Se o combate era o segredo
Mataria esse medo de morrer
A lua fugida
Levoua luz da vida
Capoeira na escuridão
Só um olho clareava
No estalo da pedra com o facão
E o negro soluçava
Enfrentando o escuro do clarão
O corte no dedo
Levouembora o medo
Tornando toda noite azul
Crotalus Terríficus
Arrigo Barnabé
Meu nome eu não sei na verdade
mas como se pode notar
amor em mim não falta
Espalho sonho entre aqueles de bem
como um flautista o som de sua flauta
e muitos pensam que sou o mal
mas sem provocar ninguém, aceito apenas as rimas
de minha natureza estranha, sensível e sensual
minha vida é minha, não tenho idade
e nao sendo linda as vezes um imóvel grito de dor emito
e morro de ciumes por quem não me ama
e desapareço, ando só
é quando se pode sentir que sou humana
mas se eu me mexer e sair e tremer meu chocalho
é meu destino envolver umidamente os homens distraídos
marcá-los deixando meu veneno em suas vidas.
Crotalus Terríficus
me chamam certos senhores com malícia
mas eu sou mística, não tenho nada de racional
sou apenas uma cascavel no gosto popular.
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