Lenine
No sub-imundo mundo sub-humano
Aos montes, sob as pontes, sob o sol
Sem ar, sem horizonte, no infortúnio
Sem luz no fim do túnel, sem farol
Sem-terra se transformam em sem-teto
Pivetes logo se tornam pixotes
Meninas, mini-xotas, mini-putas, de pequeninas tetas nos decotes
Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz?
O último a sair do breu, acende a luz
No topo da pirâmide, tirânica
Estúpida, tapada minoria
Cultiva viva como a uma flor
A vespa vesga da mesquinharia
Na civilização eis a barbárie
É a penúria que se pronuncia
Com sua boca oca, sua cárie
Ou sua raiva e sua revelia
Quem vai pagar a conta? Quem vai lavar a cruz?
O último a sair do breu, acende a luz
O que prometeu não cumpriu
O fogo apagou, a luz extinguiu
Poesias Escondidas
terça-feira, 27 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
A Perfeição
Clarice Lispector
O que me tranquiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
Logo Que Eu Acordo
Itamar Assumpção
Logo que eu acordo coloco meu pé direito
No chão do meu quarto beijo meu amor
Calço meu sapato primeiro meu pé direito
Dentro do meu quarto tem vaso com flor
Tem além de luz um fogão a gás
Três nenéns geladeira e muito mais
Tem um trem que circula num zás-trás
E mais cem barcos todos em um cais
Tem televisão Jesus Cristo na parede
Tem acordeon tem um caminhão
Tem um violão decorando outra parede
Muito papelão caixas de sabão
Tem armário tem beliche um aparelho de som
Tem aquário tem uma hélice
Tem um pau de macarrão
Tem um tanque e tem banheiro
Telefone extensão
Tem um carro de bombeiro tem o sol naquele vão
Logo que eu acordo primeiro meu pé direito
Logo que eu acordo beijo o meu amor...
sábado, 17 de novembro de 2012
Você
Mariana Siqueira
Não há nada nesse mundo que eu queira mais,
Não poderia desejar pra mim melhor homem
Meu coração pula do peito quando você está perto demais
Minhas pernas tremem, as palavras somem.
Fico boba, percoo fôlego, perco a conta
De o quanto eu te amo, do quanto você me faz feliz,
Como seu olhar me deixa tonta,
Como você pode ser tudo o que eu sempre quis?
Meu amor não rima bem,
Espero que isso não seja um problema.
É o mais belo sentimento que se tem,
Mas não consigo descrevê-lo em um só poema.
Precisaria de outros milhares de versos
Pra conseguir expressar meus sentimentos,
Já que eles estão todos dispersos
E você domina todos os meus pensamentos.
Colocar em palavras, as muitas sensações,
Tudo de bom que nós passamos juntos.
Estamos falando de dois corações
E de um amor maior que tudo.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Corpo Vadio
Nau
Nesse corpo vadio
Mora alguém que, quando você vai embora, sente tão só
Nesse corpo vadio
Chora um anjo louco...
E nessas horas de frio
Fecho os olhos, molho o travesseiro e começo a sonhar
Nessas horas de frio
Quero mais que o paraíso...
Me diga, que eu te sinto
E eu morro por você
Sussurra em meus ouvidos
O que você quer, tudo que eu tenho, além de mim...
Mora alguém que, quando você vai embora, sente tão só
Nesse corpo vadio
Chora um anjo louco...
Ah, e nessas horas de frio
Fecho os olhos, choro
Fecho os olhos, choro
E esse corpo vadio
Tão igual aos outros, um entre tantos
Me diga, que eu te sinto
E eu morro por você
Sussurra em meus ouvidos
O que você quer, tudo que eu tenho, além de mim...
Me diga, que eu te sinto
E eu morro por você
Sussurra em meus ouvidos
O que você quer, tudo que eu tenho, além de mim...
Juntos Outra Vez
Dani Black
Como assim?
Reacende o que há em nós
Depois sem olhar pra trás
Pega e vai embora...
Desta vez
Diz que por razões astrais
Que pelo meu tom de voz
Há outra pessoa...
E sumiu...
Você faz por merecer
Diga o que quis dizer
Com aquela história...
Eu, você
Somos como água e sal
Seja para bem ou mal
Juntos outra vez...
Como assim?
Somos o maior dos sóis
E apesar de tanta luz
Algo me atordoa...
Quando a sós
Apesar de tão fatais
Sinto que o destino impôs
E não houve escolha...
Quis fugir
Desde que você partiu
O meu coração previu
Que havia volta...
Temporal
A surpresa assim se fez
Quem diria, até que enfim
Juntos outra vez...
Juntos como eu esperei...
Juntos como eu esperei...
Juntos
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Sutil
Itamar Assumpção
Sendo fim também és
Tu és meio e começo
Sim e não, norte e sul
Direito avesso
Você me seduziu desde o inicio
Sendo assim porém fica mais difícil
E muita luz pra pouco túnel
E muita areia para o meu caminhãozinho
Meu bem eu morro de ciúmes até do sol
Que bronzeia você com carinho
Algo me diz pra ser sutil
Não faço idéia mas me resta um caminho
Pedir socorro teu perfume é fatal
Quanto as patas de um felino
Pode parecer incrível
Me deu na telha te dar meu coraçãozinho
Além de entregar meu telefone e o ramal
Ligues rapidinho
Ser feliz é bem possível
A lua cheia me reduz a pedacinhos
Eu viro prata, viro loba
Eu viro viro vampira
Viro menina
Esse Cara Sou Eu
Roberto Carlos
O cara que pensa em você toda hora
Que conta os segundos se você demora
Que está todo o tempo querendo te ver
Porque já não sabe ficar sem você
E no meio da noite te chama
Pra dizer que te ama
Esse cara sou eu
O cara que pega você pelo braço
Esbarra em quem for que interrompa seus passos
Está do seu lado pro que der e vier
O herói esperado por toda mulher
Por você ele encara o perigo
Seu melhor amigo
Esse cara sou eu
O cara que ama você do seu jeito
Que depois do amor você se deita em seu peito
Te acaricia os cabelos, te fala de amor
Te fala outras coisas, te causa calor
De manhã você acorda feliz
Num sorriso que diz
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Eu sou o cara certo pra você
Que te faz feliz e que te adora
Que enxuga seu pranto quando você chora
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
O cara que sempre te espera sorrindo
Que abre a porta do carro quando você vem vindo
Te beija na boca, te abraça feliz
Apaixonado te olha e te diz
Que sentiu sua falta e reclama
Ele te ama
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
Esse cara sou eu
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
O Tempo
Eduardo Baqueiro
O tempo trouxe você
Porque aprendi ouvir
As ondas do mar
Que numa promessa muda
Prometeu você
Não disse quando
Nem como
Mas cumpriu sua promessa
Você chegou
Trazendo na bagagem
Toda carência
Todo amor
Contido no peito
Sorriso de menina
Malicia de mulher
Despertou-me
Apaixonei-me
Me perdi nos seus braços
Me encontrei nos seus carinhos
O tempo um dia vai te levar
Mas não sei quando
Nem como...
Não me preocupo
Pois o que importa
É o presente que vivo
ao teu lado
São momentos perfeitos
Que levarei sempre comigo
Sabendo que existe em
algum lugar
Alguém especial
Mas tão especial que um dia
Me fez feliz demais
Como nunca pude imaginar.
Fragmentos de Amor
Eduardo Baqueiro
Interessante nosso caso!
Nosso amor parece ter encontrado a pitada certa
O tempero no ponto exato,
Pois não é doce demais, tampouco salgado...
Ele é algo difícil de se explicar.
É como uma rosa que teima nascer entre pedras,
Desafiando o calor intenso e a falta d'água
Mas, depois de algum tempo, suas raízes encontraram solo fértil
Então, na calada da noite, cresceu e se tornou uma linda rosa...
Uma rosa que é rosa à noite e é azul de dia.
Um amor que cresceu sem se importar onde ia chegar
E chegou onde está, mais seguro, mais tranqüilo
mais maduro.
Um amor que une uma peixinha e um lobo
Um lobo que aprendeu a amar o mar
para poder chegar perto de sua amada!
Uma peixinha que, de teimosa, ensinou um lobo a amá-la
Estranhos os caminhos do amor!
Maravilhosos os efeitos deste amor dentro de nós!
Desejo a nós dois muito tempo para dividirmos,
Muito amor para gastar,
Muitos sorrisos e muitas gargalhadas,
Porque a vida, apesar de seus contratempos, é linda!
Muito mais linda com você junto de mim!
Com amor e carinho.
O Amor das Minhas Vidas...
Mariana Siqueira
Há tanto tempo que eu te busco nesse mundo
Como se fosse pra você ser meu,
Você é o meu sonho mais profundo
Meu coração bate junto ao seu.
Eu venho te buscando, te querendo
E um dia desses você pôde me ouvir
Minha alma feliz por estar te vendo
Desatou, e já não para de sorrir.
Viemos de reinos distantes
Já nos conhecemos antes de nascer,
Em outras vidas nós fomos amantes
E nos encontramos porque tinha de ser
Eu e você já nos amamos de outras vidas
E mesmo não lembrando
Acredito que houveram outras existências esquecidas
E que nelas você sempre acabou me encontrando.
Incompreendido
Aermo Wolf
Incompreendido sigo esse caminho tortuoso
O caminho da solidão é o meu caminho
Ninguém ao meu lado está
Não tenho amigos. Não tenho guias
Incompreendido, caminho, tropeço, não caio
Cabeça abaixada eu sigo
Por que as pessoas tem de julgar naturezas diferentes como a minha?
Por que tem de ser tão mesquinhas?
A dor aperta meu peito
Lágrimas aos meus olhos querem vir
Incompreendido sigo por esse caminho
Escuro o caminho está
Nada vejo, mas sigo
As risadas de outra hora me dão motivação para continuar
Almas pobres desprovidas de sentimentos
Almas mortas que a nada sentem cuja ganancia contaminou
Nada vejo, mas sinto e mesmo incompreendido sigo meu caminho
“Luz no fim do túnel”, não sei se encontrarei
Talvez não encontre e isso nenhuma preocupação me trás
Pois sei que mesmo incompreendido continuarei a seguir meu caminho.
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