Poesias Escondidas


Uma pequena demonstração do amor pela nossa língua e nosso idioma, mesmo quando a poesia ou a letra de música for de autoria de um estrangeiro, sendo ou não radicado no Brasil, só serão publicadas as traduções ( caso o idioma não seja a língua portuguesa )...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

O Farol do Fim Do Mundo

Roger Silva
a ti, senhora, que reencontraste o lar

Em uma ilha muito distante, em pleno mar do fim do mundo,
como é conhecido o estreito de Drake, onde o mar é sempre
agitado por tormentas e o vento ríspido e gélido proveniente
das regiões glaciais da Antártida, existiu há muito tempo atrás
um farol numa pequena ilha próxima a terra do fogo.

Aquele farol era o único naquelas paragens desérticas distantes
do resto do mundo. Era a luz daquele farol que em noites
de mar escarpado, trazia aos marinheiros que por ali vagavam,
a esperança de uma chegada segura no estreito, até a saída
do canal onde seguiriam em sua viagem rumoas águas do pacífico.

No farol viveu por muito tempo um faroleiro juntamente com
sua família – sua mulher e um filho de pouco mais de cinco anos.
Anos após anos seguidos em uma rotina imutável, vendo passar
no horizonte distante, os navios
errantes e o mar impiedoso e atroz.

O farol nunca falhava. Tormenta após tormenta ele sempre estava lá,
emitindo sua luz âmbar em todas as direções daquele horizonte sempre
cinzento, encoberto por neblinas densas. Mais anos e anos
se passaram e um dia a mulher do faroleiro, na varanda do farol,
com os olhos voltados em um ponto qualquer do grande mar, enquanto
dormiam seu marido e filho, desceu até a pequena praia que ali havia,
e olhando compenetrada o gigante gelado, tomou-o pelo jardim de sua
casa que quando menina lá morava, e que agora sua mente a trazia de
volta, e no mar entrou, para o jardim voltou e de lá nunca mais saiu.
Seu esposo e filho nunca mais retornaram a vê-la.

Os anos continuaram vindo, lentos e infalíveis.
Até que em certo momento
alguma coisa pareceu ter acontecido.
O tempo era sempre lento, e a vida
no farol era como um quadro pintado, parecia não mudar com o tempo.
Era sempre a mesma imagem, o mesmo retrato. Mas um dia parece que

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