Patife Band
Você faz tudo pro teu bem, meu bem
Você faz tudo pro teu bem...
Você faz tudo pro teu bem
O teu negocio é sair bem
Tem nego que tenta também
Mas como você não há ninguem, meu bem...
Um dia vai, um dia vem
Felicidades pro teu bem, meu bem...
O teu negocio é sair bem
O teu negocio é se dar bem
Não há negocio pro teu bem, meu bem
O teu negocio é sair bem
Tem nego que tenta também
Mas como você não há ninguem, meu bem...
Você vai se dar muitcho bem, meu bem...
Poesias Escondidas
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
De Noite
Pablo Neruda
De noite, amada, amarra teu coração ao meu
e que eles no sonho derrotem
as trevas como um duplo tambor
combatendo no bosque
contra o espesso muro das folhas molhadas.
Noturna travessia, brasa negra do sonho.
Interceptando o fio das uvas terrestres
com pontualidade de um trem descabelado
que sombra e pedras frias sem cessar arrastasse.
Por isso, amor, amarra-me ao movimento puro,
à tenacidade que em teu peito bate.
Com as asas de um cisne submergido,
para que as perguntas estreladas do céu
responda nosso sonho com uma só chave,
com uma só porta fechada pela sombra.
De noite, amada, amarra teu coração ao meu
e que eles no sonho derrotem
as trevas como um duplo tambor
combatendo no bosque
contra o espesso muro das folhas molhadas.
Noturna travessia, brasa negra do sonho.
Interceptando o fio das uvas terrestres
com pontualidade de um trem descabelado
que sombra e pedras frias sem cessar arrastasse.
Por isso, amor, amarra-me ao movimento puro,
à tenacidade que em teu peito bate.
Com as asas de um cisne submergido,
para que as perguntas estreladas do céu
responda nosso sonho com uma só chave,
com uma só porta fechada pela sombra.
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Meninos Carvoeiros
Manuel Bandeira
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
— Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
dobrando-se com um gemido.)
— Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles . . .
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
—Eh, carvoero!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados.
Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
— Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.
Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem.
(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
dobrando-se com um gemido.)
— Eh, carvoero!
Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles . . .
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!
—Eh, carvoero!
Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias,
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Soneto Da Mulher Ao Sol
Vinicius de Moraes
Uma mulher ao sol - eis todo o meu desejo
Vinda do sal do mar, nua, os braços em cruz
A flor dos lábios entreaberta para o beijo
A pele a fulgurar todo o pólen da luz.
Uma linda mulher com os seios em repouso
Nua e quente de sol - eis tudo o que eu preciso
O ventre terso, o pelo úmido, e um sorriso
À flor dos lábios entreabertos para o gozo.
Uma mulher ao sol sobre quem me debruce
Em quem beba e a quem morda, com quem me lamente
E que ao se submeter se enfureça e soluce
E tente me expelir, e ao me sentir ausente
Me busque novamente - e se deixes a dormir
Quando, pacificado, eu tiver de partir...
Uma mulher ao sol - eis todo o meu desejo
Vinda do sal do mar, nua, os braços em cruz
A flor dos lábios entreaberta para o beijo
A pele a fulgurar todo o pólen da luz.
Uma linda mulher com os seios em repouso
Nua e quente de sol - eis tudo o que eu preciso
O ventre terso, o pelo úmido, e um sorriso
À flor dos lábios entreabertos para o gozo.
Uma mulher ao sol sobre quem me debruce
Em quem beba e a quem morda, com quem me lamente
E que ao se submeter se enfureça e soluce
E tente me expelir, e ao me sentir ausente
Me busque novamente - e se deixes a dormir
Quando, pacificado, eu tiver de partir...
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Minhas Pequenas Namoradas
Rimbaud
Um líquido molhado lava
O céu cor de uvas:
Sob a árvore broto que baba,
Seus guarda-chuvas
Brancos de luas particulares
Das marcas airosas,
Choquem as suas joelheiras,
Minhas feiosas!
Nos amávamos naquela época
Feiosa azul!
Comíamos ovos quentes
E capim do sul!
Uma noite me chamaste poeta,
Loira feia:
Vem aqui receber o chicote
De mão cheia;
Vomitei tua brilhantina
Feiosa preta;
Você cortaria minha mandolina
Com tua careta.
Puá! minha saliva ressecada,
Ruiva feiosa
Ainda infecciona a sacada
Do teu seio rosa!
Ó minhas pequenas namoradas,
Como vos odeio!
Coloquem algum recheio
Em vosso seio!
Pisoteiem os meus restos
De sentimento;
Opa! Sejam bailarinas
Por um momento!...
Suas omoplatas desparafusam,
Ó meus amores!
Uma estrela a seus rins mancos
Girem horrores!
E é pra estas ninharias
Que tenho rimado!
Queria quebrar suas bacias
Por terem amado!
Monte insípido de estrelas vadias
Limpem os cantos!
Vocês morrerão em Deus, chapadas
De vis encantos!
Sob as luas particulares
Das marcas airosas,
Choquem as suas joelheiras,
Minhas feiosas!
Um líquido molhado lava
O céu cor de uvas:
Sob a árvore broto que baba,
Seus guarda-chuvas
Brancos de luas particulares
Das marcas airosas,
Choquem as suas joelheiras,
Minhas feiosas!
Nos amávamos naquela época
Feiosa azul!
Comíamos ovos quentes
E capim do sul!
Uma noite me chamaste poeta,
Loira feia:
Vem aqui receber o chicote
De mão cheia;
Vomitei tua brilhantina
Feiosa preta;
Você cortaria minha mandolina
Com tua careta.
Puá! minha saliva ressecada,
Ruiva feiosa
Ainda infecciona a sacada
Do teu seio rosa!
Ó minhas pequenas namoradas,
Como vos odeio!
Coloquem algum recheio
Em vosso seio!
Pisoteiem os meus restos
De sentimento;
Opa! Sejam bailarinas
Por um momento!...
Suas omoplatas desparafusam,
Ó meus amores!
Uma estrela a seus rins mancos
Girem horrores!
E é pra estas ninharias
Que tenho rimado!
Queria quebrar suas bacias
Por terem amado!
Monte insípido de estrelas vadias
Limpem os cantos!
Vocês morrerão em Deus, chapadas
De vis encantos!
Sob as luas particulares
Das marcas airosas,
Choquem as suas joelheiras,
Minhas feiosas!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Sangrando
Gonzaguinha
Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca
Peito aberto
Vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando
Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo
Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção
E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante
Que o teu canto é a minha força
Pra cantar
Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar
sábado, 10 de outubro de 2009
Pelos Caminhos Que Ando
Paulo Leminski
Pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando
Pergunte ao pó
cresce a vida
cresce o tempo
cresce tudo
e vira sempre
esse momento
cresce o ponto
bem no meio
do amor seu centro
assim como
o que a gente sente
e não diz
cresce dentro
razão de Ser
escrevo.
e pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Retrato de lado
retrato de frente
de mim me faça
ficar diferente
segundo consta
o mundo acabando,
podem ficar tranquilos.
Acaba voltando
tudo aquilo.
reconstruam tudo
Segundo a planta dos meus versos.
Vento, eu disse como.
Nuvem, eu disse quando.
Sol, casa, rua,
reinos, ruínas, anos,
Disse como éramos.
Amor, eu disse como.
E como era mesmo?
Sem Budismo
poema que é bom
acaba zero a zero.
Acaba com.
Não como eu quero.
Começa sem.
Com, digamos, certo verso,
veneno de letra,
bolero, Ou menos.
Tira daqui, bota dali,
um lugar, não caminho.
Prossegue de si.
Seguro morreu de velho,
e sozinho.
Pelos caminhos que ando
um dia vai ser
só não sei quando
Pergunte ao pó
cresce a vida
cresce o tempo
cresce tudo
e vira sempre
esse momento
cresce o ponto
bem no meio
do amor seu centro
assim como
o que a gente sente
e não diz
cresce dentro
razão de Ser
escrevo.
e pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Retrato de lado
retrato de frente
de mim me faça
ficar diferente
segundo consta
o mundo acabando,
podem ficar tranquilos.
Acaba voltando
tudo aquilo.
reconstruam tudo
Segundo a planta dos meus versos.
Vento, eu disse como.
Nuvem, eu disse quando.
Sol, casa, rua,
reinos, ruínas, anos,
Disse como éramos.
Amor, eu disse como.
E como era mesmo?
Sem Budismo
poema que é bom
acaba zero a zero.
Acaba com.
Não como eu quero.
Começa sem.
Com, digamos, certo verso,
veneno de letra,
bolero, Ou menos.
Tira daqui, bota dali,
um lugar, não caminho.
Prossegue de si.
Seguro morreu de velho,
e sozinho.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Último Credo
Augusto Dos Anjos
Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro - este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!
É o trancendentalíssimo mistério!
É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número Um
Que matou Cristo e que matou Tibério!
Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui ...
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!
Como ama o homem adúltero o adultério
E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro - este ladrão comum
Que arrasta a gente para o cemitério!
É o trancendentalíssimo mistério!
É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número Um
Que matou Cristo e que matou Tibério!
Creio, como o filósofo mais crente,
Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui ...
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença
O homem particular que eu ontem fui!
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Esboço
Luiz Tatit
Cara de palhaço
Pinta de boneco
Pula o tempo todo
Não dá nem uma parada
Parece até ligado
Na tomada
Todo emocionado
Com a própria brincadeira
Qualquer coisinha cai
Na choradeira
Uns dizem que é homem
Outros que é mulher
Dizem que é velho
Por isso pinta a cara
Pinta porque é moço
Pinta porque é velho
Pinta porque é macho
Pinta por capricho
Não é por nada disso
Não é homem, não é mulher
Ele é um bicho
E ele passeia, passeia
Passeia como se fosse um turista
E cumprimenta todo mundo
Que freqüenta a Bela Vista
E mesmo que ele esteja sem dinheiro
Dá uma passadinha nos botecos de Pinheiros
Chega com uma cara que dá pena
Mas é gente muito boa
Lá da Vila Madalena
Sempre sobra um copo de cerveja
Fica tão contente
Mas não quer que ninguém veja
Então procura o centro da cidade
Na Liberdade
Lá ele aparece algumas vezes
Lá os seus amigos são chineses
Canta umas canções em pot-pourri
E o pessoal morre de rir
E no fim da noite
Dá o último giro
No Bom Retiro
Meio delirante
Meio inconseqüente
Muito colorido
Um destaque na paisagem
É todo uma figura
Um personagem
Não adianta perder tempo
Desprezando a sua imagem
Pois nunca ele ligou
Pra essas bobagens
Corpo de moleque
Corpo de borracha
Todo amolecido
Dobra tudo
Nada racha
Dizem que é um esboço
Que é alguém de carne e osso
Dizem que é um colosso
Por dentro e por fora
É gente como a gente
A gente sente
Pois se aperta ela chora
E ele vagueia, vagueia
Vagueia como se fosse um cachorro
Avança, volta um pouco
Chegando até Socorro
Lá ele não conhece muita gente
Então pega a Marginal, o Jóquei Clube
E segue em frente
Gosta de entrar um pouco na USP
Gosta de sentir que é estudante
Mesmo que não estude ele embroma
Com tanta perfeição
Que sempre sai com um diploma
E vem pra casa então todo feliz
Em Vila Beatriz
Tem os seus horários de paquera
Tem o seu lugar no Ibirapuera
Tem o seu amor em Santo Amaro
Que ele encontra pelo faro
E tem um gosto muito próprio
E muito raro
Balança a cabeça
Mexe o coração
Passa pela Penha
Pela Lapa, pelo Brás
E já não sabe bem mais
O que faz
Todo envergonhado
Quando encontra uma criança
Perde o rebolado
Sempre dança
Tido como louco
Fala muito pouco
Pula, gesticula
Flexível, inquebrável
Vai ver que ele é amável
Vai ver, é provável
Vai ver que ele é uma fera
Vai ver que ele devora
Vai ver que cê chegando
Bem pertinho, dando um sopro
Ele evapora.
Cara de palhaço
Pinta de boneco
Pula o tempo todo
Não dá nem uma parada
Parece até ligado
Na tomada
Todo emocionado
Com a própria brincadeira
Qualquer coisinha cai
Na choradeira
Uns dizem que é homem
Outros que é mulher
Dizem que é velho
Por isso pinta a cara
Pinta porque é moço
Pinta porque é velho
Pinta porque é macho
Pinta por capricho
Não é por nada disso
Não é homem, não é mulher
Ele é um bicho
E ele passeia, passeia
Passeia como se fosse um turista
E cumprimenta todo mundo
Que freqüenta a Bela Vista
E mesmo que ele esteja sem dinheiro
Dá uma passadinha nos botecos de Pinheiros
Chega com uma cara que dá pena
Mas é gente muito boa
Lá da Vila Madalena
Sempre sobra um copo de cerveja
Fica tão contente
Mas não quer que ninguém veja
Então procura o centro da cidade
Na Liberdade
Lá ele aparece algumas vezes
Lá os seus amigos são chineses
Canta umas canções em pot-pourri
E o pessoal morre de rir
E no fim da noite
Dá o último giro
No Bom Retiro
Meio delirante
Meio inconseqüente
Muito colorido
Um destaque na paisagem
É todo uma figura
Um personagem
Não adianta perder tempo
Desprezando a sua imagem
Pois nunca ele ligou
Pra essas bobagens
Corpo de moleque
Corpo de borracha
Todo amolecido
Dobra tudo
Nada racha
Dizem que é um esboço
Que é alguém de carne e osso
Dizem que é um colosso
Por dentro e por fora
É gente como a gente
A gente sente
Pois se aperta ela chora
E ele vagueia, vagueia
Vagueia como se fosse um cachorro
Avança, volta um pouco
Chegando até Socorro
Lá ele não conhece muita gente
Então pega a Marginal, o Jóquei Clube
E segue em frente
Gosta de entrar um pouco na USP
Gosta de sentir que é estudante
Mesmo que não estude ele embroma
Com tanta perfeição
Que sempre sai com um diploma
E vem pra casa então todo feliz
Em Vila Beatriz
Tem os seus horários de paquera
Tem o seu lugar no Ibirapuera
Tem o seu amor em Santo Amaro
Que ele encontra pelo faro
E tem um gosto muito próprio
E muito raro
Balança a cabeça
Mexe o coração
Passa pela Penha
Pela Lapa, pelo Brás
E já não sabe bem mais
O que faz
Todo envergonhado
Quando encontra uma criança
Perde o rebolado
Sempre dança
Tido como louco
Fala muito pouco
Pula, gesticula
Flexível, inquebrável
Vai ver que ele é amável
Vai ver, é provável
Vai ver que ele é uma fera
Vai ver que ele devora
Vai ver que cê chegando
Bem pertinho, dando um sopro
Ele evapora.
Barcas
Nau
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas
Sei,
Os pensamentos
Os ventos levam
Muito mais longe
Feito os barcos
Mas pensamentos
Também naufragam
O mar é fundo,
É fundo!
Barcas
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas
Sei,
Por muito tempo
Os homens erram
Cruzam o espaço
Céu infinito
Mas sei também
Que só repousam
Em terra firme
Terra!
Barcas
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas.
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas
Sei,
Os pensamentos
Os ventos levam
Muito mais longe
Feito os barcos
Mas pensamentos
Também naufragam
O mar é fundo,
É fundo!
Barcas
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas
Sei,
Por muito tempo
Os homens erram
Cruzam o espaço
Céu infinito
Mas sei também
Que só repousam
Em terra firme
Terra!
Barcas
O oceano engole todas barcas
O oceano lambe todas docas.
Assinar:
Postagens (Atom)